Técnica de enfermagem de Ponta Grossa é investigada por desviar ampolas de fentanil do hospital, esse medicamento psicotrópico é de venda controlada.
A unidade hospitalar afastou funcionária assim que soube do crime, a denúncia foi feita no dia 17 de junho deste ano para a Polícia Civil, mesma data do afastamento. Mas mesmo proibida de frequentar o espaço, usou os dados de outra funcionária e furtou mais oito ampolas de fentanil.
A polícia descobriu que ela fazia buscas aos sistemas informatizados para verificar para quais pacientes havia sido prescrita a medicação. Depois disso, fazia o planejamento dos horários do remédio e retirava na farmácia hospitalar. Os medicamentos não eram administrados aos pacientes.
As investigações revelaram que a técnica de enfermagem entrava na unidade de saúde em diversos dias que não estava escalada, nem regularmente nem em regime de horas extras. Durante o mês de junho de 2024, aprazou o fentanil 88 vezes. No período de um ano realizou o total de 890 aprazamentos da medicação em dias que, em tese, deveria estar de folga.
A droga desviada, conhecida como Fentanil se classifica como um analgésico narcótico que se caracteriza pela rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina e 50 vezes maior que a heroína). O crescente uso recreativo de tal medicamento é atualmente encarado como uma ameaça global à saúde pública, dada a potencialidade e a impossibilidade de acesso público, eis que se trata de uma droga de aquisição estritamente hospitalar.
A partir das informações coletadas, o delegado responsável pelo caso, Dr. Derick Moura Jorge, representou pela decretação da prisão temporária da investigada, sendo que o pleito foi deferido pelo Poder Judiciário. Entretanto, antes que fosse dado cumprimento ao respectivo mandado, a autora foi internada com graves complicações médicas advindas, aparentemente, do uso desassistido de tal medicação, o que gerou a revogação da ordem de prisão.
Redação Catve
Deixe um comentário