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Saúde: Secretaria de Estado da Saúde reforça ações contra hipertensão, que afeta mais de 20% da população

26 de abril: Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

Conhecida por grande parte da população como “pressão alta”, a hipertensão arterial é uma doença que pode trazer várias complicações à saúde e por isso a importância da prevenção e tratamento adequados. Neste 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a população do Paraná para os cuidados desta doença, que, na maioria das vezes, não gera sintomas.

Entre 2019 e 2023, o número de atendimentos para a condição de hipertensão na Atenção Primária no Paraná apresentou um aumento de mais de 500%, passando de 868.538 atendimentos para mais de 4,5 milhões no ano passado.

A hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial e na maior parte do seu curso assintomática e silenciosa, caracterizada por elevação da pressão arterial acima de 120mmHg de pressão máxima e 80mmHg de pressão mínima. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), a prevalência na população paranaense passou de 21,1% em 2013 para 22,9% em 2019.

Entre os principais fatores de risco para a hipertensão arterial estão os hábitos alimentares (muito consumo de sal), sobrepeso e obesidade, sedentarismo, tabagismo, álcool e, em alguns casos, os fatores genéticos. Além disso, ainda é o principal fator de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV), infarto agudo do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura.

Recomenda-se que todos os adultos tenham a pressão aferida pelo menos uma vez por ano. O diagnóstico é caracterizado por elevação persistente da pressão arterial, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva.

O tratamento da hipertensão arterial se baseia em medidas a partir do uso de medicamentos associado à adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

Sandro Lopes, de 51 anos, foi diagnosticado há cinco anos com hipertensão. Desde então toma remédio para controlar a pressão sanguínea. Há cerca de um mês ele sofreu um AVC e uma das causas foi a pressão que subiu demais ultrapassando os limites recomendados. “Meus braços e pernas começaram a ficar adormecidos e tive muito formigamento. Foi de repente, em um momento estava bem e de uma hora pra outra tudo aconteceu. Felizmente não tive sequelas, mas agora a minha pressão ficou desregulada”, lembra.

Para as pessoas com a doença, a Sesa ressalta a importância da aferição da pressão arterial e acompanhamento regular da condição de saúde, bem como o controle dos fatores de risco que são fundamentais e ajudam a prevenir as complicações e agravamento da hipertensão arterial.

DADOS – No Brasil, de acordo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge 23,9% dos brasileiros, sendo mais frequente entre mulheres (26,4%) do que nos homens (21,1%). A prevalência tende a ser maior com o aumento da idade, com 52,5% entre pessoas acima de 60 anos e 62,1% entre indivíduos com 75 anos ou mais.

PREVENÇÃO – Com o intuito de auxiliar no tratamento e prevenção da doença, a Sesa adota o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) a fim de melhorar a resolutividade do atendimento aos usuários com hipertensão arterial, por meio da estratificação de risco das pessoas com a doença para proporcionar tratamento e acompanhamento adequados.

Dentro dessa estratégia, foi criada a Linha Guia de Hipertensão Arterial, com o objetivo de instrumentalizar e nortear o trabalho da equipe da Atenção Primária para o cuidado integral em saúde das pessoas com essa condição crônica, a partir da estratificação de risco, que direciona as intervenções e orienta o compartilhamento do cuidado com a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE). Ela contempla a atenção integral às pessoas com hipertensão arterial, bem como as ações coletivas e preventivas, na promoção da saúde e qualidade de vida.

RECOMENDAÇÃO – As principais recomendações são redução do consumo de sal na alimentação, o que significa ingerir menos alimentos processados e industrializados; a prática de atividade física regular; evitar o consumo de álcool; e não fumar. O autocuidado é uma estratégia fundamental para o tratamento, além de promover qualidade de vida e bem-estar.

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